Versão simples e muito saborosa de Cozido à Portuguesa à moda de Évora
COZIDOUM PRATO SABOROSO E SIMPLES DE PREPARAR
O Cozido à Portuguesa é um prato tradicional da cozinha portuguesa, simples de preparar e muito apreciado. Tornou-se popular no secúlo XVII e hoje de norte a sul do país e ilhas, encontramo-lo na ementa de muitos dos mais típicos restaurantes de Portugal. Essencialmente confecionado com os produtos nacionais, achou-se apropriado apelidar este prato de Cozido à Portuguesa.
Entre as diferentes versões de cozido à portuguesa, o denominador comum tende a ser a carne de vaca gorda, os enchidos de porco, as batatas e os legumes. Estes ingredientes são simplesmente cozidos dentro de uma panela grande e em água abundante. A receita que aqui apresento, é saborosa, simples de confecionar, e em muito, semelhante à versão à moda de Évora.
ORIGEM PORTUGUESAOU TALVEZ NÃO
Nao é consensual a origem deste prato, mas dados históricos parecem sugerir que a receita portuguesa desde prato foi adaptada da cozinha espanhola. No entanto, há quem defenda que esta receita nasceu mesmo em Portugal. Segundo esta última versão, algures no século XVII, alguém decidiu aproveitar as sobras das refeições e as carnes menos nobres, colocando-as numa panela a cozer para apurarem o sabor. De uma forma ou outra, a receita tornou-se popular no século XVII e hoje em Portugal, é unânime que este prato faz parte do património da gastronomia nacional.
INGREDIENTES
600g de chambão de vaca ou se preferir, 300g de chambão de vaca e 300g de entrecosto
2 peitos de frango
1 chouriço de carne
250gr toucinho entremeado
1 farinheira
1 lata grande de feijão branco ou vermelho
400 g de arroz
4 batatas pequenas
4 cenouras
1 nabo (opcional)
1 couve lombarda pequena
4 folhas de couve portuguesa
1 cebola grande
2 dentes de alho
0,5 dl de azeite
1 folha de louro
Hortelã q.b.
Q.b tomilho
Q.b de Sal
Q.b de pimenta em grão
PREPARAÇÃO
O Segredo Está Na Cozedura
1. Numa panela grande coloque a cozer as carnes e os enchidos em água temperada com sal, pimenta em grão,1 folha de louro e o tomilho, 1 cebola, um fio de azeite e 1 cenoura durante cerca de 1:10h/1:20h, em lume brando. Picar os chouriços com 1 palito para evitar que rebentem durante a cozedura. As carnes devem estar completamente cobertas com água.
2. Quando as carnes estiverem cozidas, transfira as carnes para uma outra panela e coloque um pouco do caldo.
3. Pique muito bem a cenoura e a cebola cozida e retorne-as ao caldo em que cozeu as carnes, adicionando um pouco mais de água.
4. Retire caldo suficiente para cozinhar o arroz. Para fazer o arroz, aqueça 1 fio de azeite num tacho, frite 1 caneca de arroz (cerca de 400ml) com meia cebola picada. Junte 1 medida (caneca) do caldo e outra caneca de água quente. Deixe cozinhar cerca de 15 a 20 minutos. Retifique o sal.
5. Descasque e lave as restantes cenouras, o nabo e as batatas, e coloque a cozer na água de cozer as carnes durante 9 minutos com dois dentes de alho e um ramo de hortelã. As batatas pequenas devem ser colocadas inteiras e podem ir a cozer com a pele. Entretanto adicione a couve lombarda cortada em quartos, e as folhas de couve portuguesa e deixe cozer por mais 9 minutos. As batatas, o nabo e as cenouras cozem durante cerca de18 minutos no total e as couves durante aprox. 9 minutos.
6. Quando cozidos, retirar os legumes do caldo.
Cozido Tem De Ser Com Caldo!
7. Escorra os feijões, e aqueça-os colocando sobre eles um pouco do caldo de cozer os legumes e carnes.
8. Para servir, coloque o arroz no centro da travessa, coloque em seu redor o feijão, as carnes e os enchidos cortados em pedaços com os legumes e as cenouras, regados com um pouco do caldo.
9. Na hora de servir os pratos individualmente pode regar a comida com um pouco mais do caldo que sobrou (a gosto).
Bom Apetite!
Cozido regado com um pouco do aromático caldo usado para cozer os legumes e carnes
Suculento Bife Bourguignon acompanhado com puré de batata e pão torrado
Um Clássico da Alta Cozinha Francesa
Bife Bourguignon ou Bife Borgonhesa é um clássico da alta cozinha francesa. O prato consiste em cubos de carne suculenta e muito tenra embebida num delicioso molho de vinho tinto aromatizado com cebolas pérola, alho, ervas, cenoura, cogumelos e bacon. Uma refeição simplesmente perfeita e muito aconchegante nestes dias frios de Inverno ou em datas especiais. Um dos meus pratos preferidos, o qual não me canso de repetir. Encontro neste prato muitas semelhanças com alguns pratos tradicionais da cozinha portuguesa.
O Que Torna O Bife Bourguignon Um Prato Tão Apreciado
O que torna este prato tão especial é a forma como a carne é confeccionada lentamente, e em que todos os ingredientes se misturam lenta e harmoniosamente, tornando a carne verdadeiramente suculenta, macia e o molho muito saboroso. Uma explosão harmoniosa de sabores.
De Um Humilde Guisado Camponês A Um Ícone Da Alta Cozinha Francesa
Borgonha, região vinícola de onde é originária a receita do Bife Bourguignon
Como o próprio nome sugere, o Bife Bourguignon é um prato originário da região da Borgonha, no centro-leste da França, uma região conhecida pelos seus excelentes vinhos e gado. Este rico guisado de carne é por tradição elaborado com o vinho da Borgonha.
À semelhança de outros guisados de carne do gênero, este prato começou como um humilde guisado camponês usando cortes de carne bovina mais duros e menos nobres, que exigiam um processo de cozedura lento e demorado. Com o tempo, foi evoluindo para o prato sofisticado que conhecemos hoje.
Chef Auguste Escoffier, conhecido como “o avô da clássica cozinha francesa” e o primeiro a mencionar o Bife Bourguignon num livro de receitas.
O Bife Bourguignon foi mencionado pela primeira vez em livros de receitas em 1903 pelo chef Auguste Escoffier, conhecido como “o avô da clássica cozinha francesa”, no entanto acredita-se que a receita remonta à Idade Média. A receita de Escoffier rapidamente se tornou popular entre os melhores e mais luxuosos restaurantes de Paris. A sua popularidade eclodiu, sendo hoje um verdadeiro ícone da cozinha francesa, e um prato reconhecido mundialmente. Julia Child, em seu famoso livro, A arte da culinária Francesa descreve-o como sendo ”certamente um dos pratos mais deliciosos inventados pelo homem”.
Bife Borguignon E VinhoTinto, UmCasamento Feliz
Se existe um prato que pede um vinho de qualidade é o Bife Bourguignon. Uma escolha cuidada do vinho, seja para confeccionar a receita seja para acompanhar o prato, pode elevar grandemente o resultado final desta receita, realçando o sabor da carne, equilibrando a acidez dos vegetais e tornando a experiência gastronômica mais prazerosa. No entanto, não significa que o vinho mais apropriado para preparar a receita seja o vinho mais apropriado para acompanhar o prato.
Qual o Melhor Vinho Na Preparação Do Bife Bourguignon
A seleção de um Pinot-Noir da Borgonha ou Chianti jovem italiano são uma excelente opção na preparação desta receita. O vinho tinto da Borgonha é a escolha mais óbvia e tende a ser a opção mais recomendada, uma vez que a receita é originária daquela região. É feito a partir da uva Pinot Noir, com taninos suaves que realçam o sabor da carne sem a sobrecarregar.
Não é condição obrigatória usar vinho tinto da Borgonha. Outros vinhos Pinot Noir ou tintos de corpo médio também funcionam bem. Seja qual for a sua escolha, certifique-se de que é um vinho de boa qualidade. Um vinho de baixa qualidade, sem dúvida empobrece esta receita.
Nesta receita, adicionei um pouco de vinho do Porto, pois a sua doçura oferece a este prato uma complexidade muito interessante de sabores.
Vinhos que Harmonizam Bem Com O Bife Bourguignon
Ao contrário da crença popular, você não precisa acompanhar o Bife Bourguignon exclusivamente com um vinho tinto da Borgonha ou vinho Burgundy.
Burgundy Tinto
O Burgundy tinto pode ser um opção apropiada, mas convém não esquecer que a Borgonha tem bastante variação entre as regiões. Se optar por um vinho mais encorpado, ele pode ter taninos mais robustos que complementam bem com o ensopado de carne. Já se você selecionar um vinho mais delicado, o seu aroma poderá ser dominado pelos sabores fortes da carne bovina.
BordeauxTinto
Vinhos tintos médios a encorpados, como oBordeaux, tendem a ser uma combinação sólida para guisados de carne. O vinho Bordeaux, tende a ter um nível médio, alto de taninos bem estruturados, frutas escuras, notas de ardósia, carvalho, especiarias e boa acidez. Estes aromas harmonizam muito bem com este rico prato de carne.
Vinho tinto Syrah da região de Côtes du Rhône
Um vinho tinto Syrah da região de Côtes du Rhône pode ser outra boa opção. Os vinhos desta região, com a sua mistura de uvas, oferecem uma versatilidade que pode casar bem com a diversidade de sabores do Bife Bourguignon.
Cabernet Sauvignon
Cabernet Sauvignonpara aqueles que preferem vinhos mais encorpados, é outra escolha inteligente. Seus taninos bem estruturados suavizam a gordura da carne, enquanto as notas de frutas escuras harmonizam bem com os sabores ricos do Bife do Bourguignon.
A harmonização ideal é subjetiva, e a preferência pessoal tem um papel importante. Se tiver oportunidade, experimente diferentes vinhos e descubra qual combinação agrada mais ao seu paladar.
Receita Complicada? Nem por isso!
Pode até parecer uma receita intimidadora por causa do tempo total requerido de preparação, mas na verdade é uma receita fácil de elaborar. Um pouco de trabalho no início, mas o forno fará a maior parte do trabalho. Vamos lá então!
Ingredientes (6 pessoas)
Carnes
1kg de bife de acém ou da pá cortado em cubos grandes com cerca de 4/5cm. A carne bovina, geralmente de cortes mais robustos e com alguma gordura como a pá ou o acém são os mais indicados.
250g de bacon fumado cortado em cubos não muito pequenos
Legumes e Ervas Aromáticas
1 cenoura
12 cebolas pérola (também conhecidas por cebolas bebé – cebolas pequenas e redondinhas)
350 ml de vinho tinto da Borgonha ou um outro bom vinho tinto. Vinhos Pinot Noir ou tintos de corpo médio funcionam bem.
250 ml de vinho do Porto
caldo de carne q.b (aprox.150ml)
Outros condimentos e temperos
3 c. sopa de azeite
1 folha de louro
2 c. sopa de polpa de tomate
35g de Farinha
Sal q.b
Pimenta preta moída q.b
meia c. de café piri-piri ou a gosto (opcional)
Acompanhamento
Puré de batata
Pão quente com crosta
Preparação
Salteie O Bacon, Carne E Os Legumes
1. Frite o Bacon. Numa panela larga de ferro aqueça um fio de azeite e frite o bacon cortado em cubos até estar crocante e libertar um pouco da sua gordura. O bacon confere um delicioso sabor ao bife. Retire o bacon da panela e reserve.
2. Sele a Carne. De seguida, tempere os cubos de carne com sal e pimenta e na mesma panela em que fritou o bacon, coloque a carne e deixe dourar em lume médio-alto, sempre em contacto com a superfície para caramelizar (Não mexa de imediato). Se necessário, faça em duas vezes para que toda a carne esteja em contacto com a superfície.
Vire a carne, e depois de caramelizar bem de todos os lados, retire a carne com uma colher escumadeira e coloque sobre papel absorvente.
3. Salteie os legumes. Na mesma caçarola e sem retirar os sucos da carne, adicione mais uma colher de azeite, coloque a cenoura cortada em pedacinhos pequenos, uma folha de louro, e as cebolas inteiras e cozinhe gentilmente em lume médio, mexendo ocasionalmente por aproximadamente 3 a 4 minutos ou até as cebolas amolecerem. Retire os ingredientes e coloque sobre papel absorvente.
Como Preparar Uma Carne Muito Tenra Com Um MolhoDelicioso
4. Adicione a polpa de tomate e a farinha à panela e cozinhe, mexendo por 1 a 2 minutos. Gradualmente vá adicionando o vinho tinto, o vinho do porto e o caldo de carne e deixe ferver em lume brando, mexendo até o molho engrossar.
5. Retorne o bife, o bacon e a cenoura à caçarola e adicione o bouquet garni e oalho laminado. Tempere com sal, pimenta e piri-piri ( piri-piri é opcional). Se necessitar adicione apenas um pouco mais de caldo, apenas até cubrir a carne. Cubra com a tampa e cozinhe em forno pré-aquecido a 160 C (140 C fan, Gas 3) por 1 hora e meia.
6. Retorne as chalotas inteiras à caçarola, e adicione os cogumelos (inteiros ou laminados), e cozinhe por mais 1 hora ou até a carne estar muito macia e tenra.
7. Certifique os temperos. Remova o bouquet garni. Prove o molho e certifique que os temperos estão a gosto. Adicionar sal e pimenta se necessário.
Acompanhamento Perfeito
Sirva a carne acompanhada de puré de batata e pão quente ou torrado com crosta. Coloque o puré de batata na base do prato, a carne por cima e tempere com salsa picada ou enfeite com um raminho de tomilho. E voilá!
Tigelada da Cortiçada preparada numa tigela ou caçoula de barro.
Tigelada, Um Doce Com Tradiçao
A tigelada é um doce típico da Beira Baixa. De certo, o mais típico em Proença-a-Nova ou Cortiçada (antigo nome de Proença-a-Nova), onde se julga ter a sua origem. Tão popular na região que anualmente, no mês de Julho, existe um festival da tigelada no concelho. Festival da tigelada arranca a 11 de agosto em 19 restaurantes (cm-proencanova.pt)
Tradicionalmente este doce era feito em alturas festivas, como a Páscoa, as festas da aldeia, casamentos, baptizados. Era por tradição preparada nos fornos a lenha, populares na vida das aldeias, tantas vezes aproveitando o calor do forno a lenha enquanto se cozia o pão. Alguns dos residentes das aldeias preparavam a tigelada nos fornos comunitários da aldeia. A tigelada tornou-se popular e é hoje um doce com tradição, apreciado de norte a sul de Portugal. Para o sucesso desta receita, é muito importante respeitar as proporções dos ovos, açucar e leite.
Ingredientes
1L leite
8 Ovos
raspa de 1 Limão
1c. de café de Canela
250g Açúcar Amarelo
1 colher de sopa de Mel
1 colher de sopa de Farinha de Trigo
Azeite q.b
Pitada de Sal
Preparação
Dissolva a farinha no leite
Numa tigela misture bem o mel, a canela, o açúcar, uma pitada de sal, os ovos e a raspa de limão com uma vara de arames. Não use a batedeira.
Adicione e misture o leite usado para dissolver a farinha.
Retire com uma espátula a espuma na superfície da calda.
Entretanto, unte bem com azeite uma tigela grande de barro (caçoulo) ou se preferir, várias tigelas mais pequenas de barro. Coloque-as untadas e vazias no forno pre-aquecido a 180°C durante uns 10/15m ou até começarem a chiar. Quando as tigelas estiverem bem quentes, verta cuidadosamente a mistura nas tigelas com a ajuda de uma concha de cabo alto, mas muito importante, apenas um pouco de cada vez e sem remover as tigelas do forno. Repetir o processo entre 2 a 4 vezes a cada 10/15m ( tempo varia consoante o tamanho/altura das tigelas usadas).
Cozinhar no forno a 180°C até atingir a consistência de pudim e adquirir a cor dourada no topo ( aprox. 35 a 50m).
Deixe arrefecer antes de servir. Servir nas tigelas de barro (não se desenforma). Serve-se fresca e pode acompanhar com um fio de mel ou canela em pó.
A Chanfana é um prato tradicional português originário das Beiras, região Centro de Portugal. Miranda do Corvo é atualmente conhecida como a capital da Chanfana, mas o prato é um verdadeiro ícone gastronómico da região Beirã, onde encontramos várias versões desta receita. O vinho é o ingrediente sempre presente.
Para mim, como para muitos portugueses, a Chanfana é um prato com sabor a saudade e convívio. Sempre o associo a dias especiais com a minha família paterna na Beira Baixa.
Que tipo de carne é usada para confeccionar a Chanfana?
O ingrediente principal é a carne que pode ser de borrego, carneiro ou uma carne aparentemente menos nobre, a carne de cabra velha. Tradicionalmente era justamente a carne de cabra velha a mais usada. Enquanto jovem, a cabra seria útil para procriar, produzir leite, e manter as terras férteis e limpas. Quando velha, a sua carne rija era aproveitada para a chanfana.
O que torna este prato tão especial?
O que torna este prato tão especial é a forma como a chanfana é confeccionada lentamente numa caçoila de barro negro, e em que todos os ingredientes se misturam lenta e harmoniosamente, tornando a carne muito saborosa, macia e suculenta. Uma perfeita harmonia de sabores.
Caçoila de barro negro de Moledos e forno a lenha, requisito obrigatório?
Na região centro e norte do país a panela de barro negro com tampa, conhecida por caçoila, é reconhecida pela sua qualidade para cozinhar carne, continuando a ser a escolha de eleição para cozinhar a chanfana. A sua cor preta é obtida por num ambiente redutor ser queimada e defumada, tornando-a negra e maisresistente. O facto de ser mais resistente, promove um cozimento mais lento da carne (mais lento ainda se for cozinhada no forno a lenha), e contribui ainda para que o arrefecimento da chanfana seja igualmente muito lento, oferecendo mais sabor e textura à Chanfana. Se desejar saber mais acerca desta arte, pode consultar este link: Barro Negro | Saber Fazer Portugal (programasaberfazer.gov.pt)
Na confecção da Chanfana, a utilização de uma panela de barro negro com tampa e o tradicional forno a lenha, oferecem desta forma, autenticidade e qualidade a esta receita, mas não são requisitos obrigatórios. A receita que aqui vos apresento foi preparada num forno convencional elétrico e ficou deliciosa. No caso de não ter uma panela de barro negro, este prato pode ser confeccionado numa panela de ferro ou de barro convencional com tampa.
As panelas de barro convencional ou de ferro, tendem a conferir de forma efectiva um sabor especial e a preservar o valor nutricional dos alimentos. Ao promoverem um cozimento lento e uma temperatura de cozimento mais uniforme, a comida tende a ficar muito saborosa. Esse cozimento lento reduz também o consumo de gordura.
INGREDIENTES
2 kg de borrego
Q.b. bacon ou presunto aos cubos (aprox. 150gr)
1 cebola em rodelas
4 dentes de alho picados
2 colheres de sopa de azeite
2 colher de sopa de banha
Vinho tinto de qualidade da Bairrada ou Alentejano (o suficiente para cobrir a carne, cerca de 1L a 1.5L).
1 bouquet garni ( alho porro, alecrim, aipo, louro, serpão e salsa). O serpão é uma erva muito aromática (por vezes erradamente confundida com tomilho) que combina muito bem com a carne de borrego, mas nem sempre é fácil de encontrar. O alecrim é uma excelente alternativa.
4 cravinhos
1 folha de louro
1/2 c.chá de Piripiri ou a gosto
Sal e pimenta q.b.
PREPARAÇÃO
Misture o azeite com a banha, os dentes de alho picados, os cravinhos, o piri-piri, o sal e a pimenta.
Corte o borrego em pedaços grandes e uniformes, tirando as gorduras em excesso. Colocar num recipiente e misturar bem com o tempero anterior.
Coloque tudo numa panela de barro com tampa.
Adicione as rodelas de cebola e o bouquet garni. Na receita na imagem adicionei simlesmente alecrim e o louro, mas para tornar a carne ainda mais aromática e evitar encontrar os galhos do alecrim quando servir a carne, o bouquet garni é uma solução que recomendo.
Regar com o vinho tinto até cobrir a carne. Tapar o tacho e deixar a carne marinar por cerca de 12h.
Depois levar ao forno pré-aquecido a 180°C durante cerca de 1.5 a 3 horas, até a carne estar tenra. Poderá demorar um pouco menos ou mais tempo, dependendo do tipo de carne, idade do animal e do forno. Se optar pela carne de borrego será mais rápido ( 1.5 a 2h).
Não se deve mexer a carne enquanto cozinha, apenas convém verificar se é necessário adicionar mais vinho para a carne não queimar.
Uns 15 minutos antes de desligar o forno, retire a tampa para que a carne toste um pouco.
Retire do forno, retire o bouquet garni e sirva a carne com o molho, acompanhada com batatas cozidas. A carne serve-se na caçoila em que cozeu.
Tendo forno a lenha, este deve ser muito bem aquecido como se fosse cozer pão, coloca-se a chanfana com tampa e ali se deixa a cozer até o forno esfriar, o que tende a levar 4 a 5 horas. A meio deste tempo, convém igualmente verificar se é necessário adicionar mais vinho para evitar que a carne queime.
Há quem defenda que a Chafana é um prato que se torna mais saboroso no dia seguinte, como tal muitas pessoas preparam o prato na véspera ou antevéspera do dia em que será servido. Neste caso deve ser aquecido muito bem antes de servir.
A região portuguesa do Algarve tem sido consecutivamente reconhecida como um dos melhores destinos de praia do mundo. O tempo solarengo, as suas paisagens idílicas, fazem desta região um destino turístico muito popular. A sua gastronomia é outro ponto forte, sendo o peixe e os frutos do mar os principais ingredientes da cozinha Algarvia.
A receita que aqui vos trago, Lulas à Algarvia, como o próprio nome sugere, é um prato tradicional portugues típico da região do Algarve. Uma verdadeira iguaria quando bem confeccionado.
Lulas recheadas à moda do Algarve ( Monchique )
Ingredientes
Aprox. 6 lulas grandes ou 12 pequenas
2 cebolas
4 dentes de alho
100gr de arroz agulha (meio copo)
150gr de presunto
1 folha de louro
3 tomates sem pele e sem sementes
70ml de vinho branco
200ml de caldo de legumes
1 raminho de salsa
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.
Preparação
1 ) Como preparar um delicioso recheio para as lulas
Recheio de arroz, cabeças de lulas, presunto, tomate e salsa.
Prepare as lulas, deixando os sacos intactos.
Pique 1 cebola pequena, 2 dentes de alho e as cabeças das lulas/ tentáculos (tudo bem picadinho). Num tacho, refogue tudo num fio de azeite e com meia folha de louro. Deixe evaporar a água das cabeças da lula.
Corte o presunto em pedacinhos pequenos e junte ao refogado. Adicione o arroz e de seguida o caldo de legumes (o dobro da quantidade do arroz).
Pique em cubinhos pequenos 1 tomate grande sem pele e sem sementes e junte ao arroz. Tempere com sal e pimenta. Deixe cozinhar cerca de 10 a 12 minutos em lume brando e com o tacho tapado.
Pique metade da salsa finamente.
Retire o arroz para uma taça, deixe arrefecer, junte a salsa picada e envolva.
Entretanto seque as lulas com papel absorvente. Recheie as lulas com o arroz e feche com palitos. Não enchê-las demasiado para evitar que rebentem aquando a sua cozedura.
2) Como cozinhar as lulas e preparar o molho
Lamine 1 cebola, 2 dentes de alho e corte 2 tomates maduros em cubinhos e sem sementes.
Num tacho largo e com tampa, aqueça um fio de azeite e adicione as lulas. Deixe as lulas ganharem cor de ambos os lados (1 a 2 minutos de cada lado).
Retire as lulas do tacho.
Refogue a cebola e os alhos laminados, os tomates cortados em cubinhos e meia folha de louro no azeite e sucos que ficaram no tacho (se necessário adicione 1 colher de azeite). Junte o resto da salsa (inteira) e adicione o vinho branco. Tempere com pouco sal e pimenta. Refogue até a cebola e o tomate amolecer e o molho engrossar um pouco.
Volte a juntar as lulas e deixe cozer mais 10 minutos, em lume brando, e com o tacho tapado.
Retire as lulas do lume e sirva com o molho, acompanhadas de batatinhas novas previamente cozidas ou batatas fritas. Bom Apetite!
Fig is a fruit that I simply cannot resist. During this last summer holiday in Portugal, I had the joy of being given a basket full of ripe figs. Given this abundance of figs and time on my hands to cook, I decided to make a fig jam to liven up our meals.
Besides its delicious taste, fig jam is a good source of vitamins, minerals and antioxidants. Relatively low in calories when compared to other spreads and condiments.
EASY AND INCREDIBLY VERSATILE
This recipe is easy to follow and yields a jam that is incredibly versatile and a perfect complement with sweets and savoury dishes.
One of my favourites and the most classic pairings is fig jam with homemade bread or crackers and a good quality cheese. From mild cheeses like brie and camembert to stronger options such as blue cheese or goat cheese, the possibilities are many. Consider adding thin slices of prosciutto and chopped nuts like almonds or walnuts.
There are countless ways to combine fig jam. As filling for cakes, pairing it with desserts, yoghourts, ice creams, in cocktails, sandwiches, pancakes. You can also use it to make sauces, in salads, pizzas, as a glaze for roasted vegetables, as a marinade for chicken or pork.
We are coming to the end of the Vindimo fig season, so go ahead and make your own fig jam!
A well decorated jar of fig jam can make a lovely handmade gift for a special person // Um jarro decorado com compota de figo pode ser um presente original para a alguém especial
INGREDIENTS
Approx. 1.3 kg of fresh figs
300 g to 350 g of brown sugar (if you prefer a very sweet jam, you can add another 100 to 150 g)
80 ml Port wine
1 teaspoon of vanilla extract
juice of half a lemon
1 cinnamon stick
HOW TO PREPARE THIS FLAVORFUL AND THICK FIG JAM
1. Start by cleaning the figs (if you choose to wash them, dry them afterwards), cut the stems, open them in half still in the skin, and place them in a pan in alternating layers of sugar.
2. Add the Port wine and vanilla extract, cover and let it macerate for a few hours (2 hours or more).
3. Place the figs into a large pan, add the lemon juice and grind very well.
4. Add the Port wine syrup and sugar used to macerate the figs beforehand and add a cinnamon stick.
5. Place the pan over high heat until the sugar has melted and the mixture starts to boil. At this point, lower the heat and let it cook over a low heat, stirring occasionally, until it thickens or reaches the desired consistency.
6. Remove the pan from the heat and let the jam cool for a few minutes before spooning it into jars.
7. Be sure to sterilize the jars beforehand by boiling them in water for 10 minutes.
Enjoy!
VERSÃO PORTUGUESA
UMA FRUTA SAUDÁVEL DIFÍCIL DE RESISTIR
Figo é uma fruta que eu simplesmente não resisto. Durante as férias em Portugal tive a alegria de ser presenteada com um cesto cheio de figos maduros. Perante a abundância de figos e com tempo para cozinhar, decidi fazer uma compota de figos para animar as nossas refeições.
Além do seu sabor delicioso, a compota de figo é uma fonte rica em vitaminas, minerais e antioxidantes. Apesar de doce, é relativamente baixa em calorias quando comparada com outros recheios ou condimentos.
FÁCIL E INCRIVELMENTE VERSÁTIL
Esta receita é fácil de seguir e resulta numa compota incrivelmente versátil. Um excelente complemento em pratos doces e salgados.
Pão caseiro com doce de figo, acompanhados de um bom queijo é um clássico. A doçura dos figos combina na perfeição tanto com queijos mais leves e cremosos como o brie e o camembert, como com queijos mais fortes como o queijo azul ou o queijo de cabra. Fatias finas de presunto e frutos secos, como as nozes e amêndoas também não vão aqui nada mal.
Há incontáveis maneiras de combinar a compota de figo. Usa-la como recheio para bolos, acompanhando sobremesas, gelados, panquecas, em sanduíches e cocktails. Pode usa-la também para fazer molhos, em saladas, pizzas, legumes assados ou para fazer uma marinada para galinha ou carne de porco.
Aventure-se, estamos quase no final da época dos figos vindimos, não perca tempo e faça esta deliciosa compota de figo!
INGREDIENTES
Aprox. 1,3 Kg de figos frescos
300 g a 350 g de açúcar amarelo (se preferir uma compota bem doce, pode adicionar mais 100 a 150 g)
80ml de vinho do Porto
1 colher de chá de extrato de baunilha
sumo de meio limão
1 pau de canela
COMO PREPARAR ESTA ESPESSA E DELICIOSA COMPOTA DE FIGO
1. Comece por limpar os figos (se optar por lavar, seque-os), corte-lhe os pés, abra-os ao meio (com a pele) e coloque-os numa panela em camadas alternadas com o açúcar.
2. Adicione o vinho do Porto e o extrato de baunilha, tape e deixe macerar umas horas (2 horas ou mais).
3. Retire os figos para outra panela grande, junte-lhes o sumo do limão e triture muito bem.
4. Adicione a calda de vinho do Porto e o açúcar utilizados para macerar os figos previamente e junte um pau de canela.
5. Leve o tacho a lume forte, até que o açúcar esteja derretido e o preparado comece a ferver. Nessa altura baixe o lume e deixe ir cozinhando em lume brando, mexendo de vez em quando, até engrossar ou estar no ponto desejado.
6. Retire a panela do lume e deixe a compota arrefecer por uns minutos antes de coloca-la em jarros.
7. Coloque o doce em frascos previamente lavados e esterilizados (ferva os jarros em àgua durante 10 minutos) e fechados hermeticamente para que a compota se mantenha bem conservada.
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